#1 “Um mundo diferente, mas melhor”

 

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«A minha mudança para o Ensino Superior não foi nada fácil, ao início. Passei de um cenário em que levava três minutos a chegar à escola para um em que demorava uma hora e meia. Fui do oito ao oitenta, em poucos meses, mas sinto que isso me fez crescer, sair da minha zona de conforto. Foi fundamental até para que pudesse conhecer-me melhor, porque passei a estar muito mais tempo fora de casa. Sinto que o Ensino Superior é um mundo diferente do ensino secundário, mas melhor: há um espaço muito maior para crescer e para nos focarmos naquilo que mais gostamos. A forma como se dá a matéria também não é comparável. Por isso, tive que implementar o estudo diário na minha rotina e aumentar ainda mais o trabalho autónomo. Outro aspeto que gosto imenso está relacionado com a diversidade regional: tanto podemos ter um amigo do Alentejo como ter um amigo das ilhas».

Marta Santos, 19 anos, estudante da licenciatura em Finanças e Contabilidade no ISCTE-IUL

 

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#2 “A maior adaptação está no impacto inicial”

 

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«Na minha perspetiva, a maior adaptação ocorre está no impacto inicial – não existem livros, os professores não sabem o teu nome e está tudo a acontecer a um ritmo alucinante. Entre atividades, aulas e novos amigos, o tempo para ficar preso às saudades do secundário é curto. Não é tão triste como soa, prometo. Vais encontrar novos desafios, mais fontes de conhecimento e mais experiência, numa área que gostas e que será o teu futuro. Boa sorte, para aqueles que serão os melhores anos da tua vida!»

Carolina Cunha, 20 anos, Licenciatura em Ciências da Comunicação, Universidade Nova de Lisboa

 

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#3 “Dois meses de aulas equivalem a um ano letivo”

        

Carolina Ferreira

 

«As principais dificuldades com que me deparei, quando cheguei ao ensino superior, estavam relacionadas com os transportes públicos. Optei por não sair de casa e, por isso, tinha de apanhar dois autocarros para chegar à instituição e demorava cerca de 1h30 (quando a viagem de carro e cerca de 30m). Outra dificuldade prendeu-se com a quantidade de matéria que é dada: sinto que cerca de dois meses de aulas no Ensino Superior equivalem a um ano letivo no ensino profissional. Para tentar combater estas dificuldade, tirei a carta e comecei a estudar mais, para conseguir acompanhar toda a matéria lecionada».

Carolina Rodrigues Ferreira, 18 anos, estudante de Gestão na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria

 

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#4 “Um começar do zero”

         

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«A minha entrada na faculdade foi um começar do zero. Deixei de viver numa casa com a minha família e fui morar para outro distrito, num apartamento com amigas. Com isso, tive a oportunidade de desenvolver as minhas habilidades culinárias, por exemplo, e tornei-me muito mais independente e responsável quanto a cuidar da casa e a cumprir horários. No que toca à faculdade, notei que cada aluno tem uma enorme liberdade para se preparar para os exames, podendo optar por ir às aulas ou por estudar em casa. Conheci várias pessoas com gostos muito mais parecidos com os meus, sendo que existe algo em comum a todos os colegas: a paixão pelo curso que estamos a seguir. Também tive de me adaptar a ter que resolver sozinha os meus problemas e a ter que lidar com alguma ansiedade que adveio destas mudanças. Sinto muitas saudades de casa, mas também satisfação por estar cada vez mais perto de ter a profissão que sempre sonhei».

Ana Lourenço, 19 anos, estudante da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa

               

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#5 “Comecei a ser mais autodidata”  

 

BEatriz Ribeiro

 

«Durante a minha entrada para a faculdade, aquilo que mais me custou adaptar foi o facto de me ter mudado de uma zona mais rural para uma zona urbana, uma vez que passei a morar em Lisboa. Em Lisboa, tive que aprender a andar de metro, conhecer as horas de ponta e ter que adaptar o meu horário a este facto. Também tive de aprender a ter mais cuidados nas saídas à noite porque numa cidade tão grande com Lisboa há muitos mais perigos do que na "terrinha". Para além disso, foi necessário adaptar os meus métodos de trabalho: comecei a ser mais autodidata e a ganhar maior independência no estudo. Isto porque, enquanto no secundário estava numa turma de 20/25 pessoas, no Ensino Superior somos 200 a ter aulas num auditório. É óbvio que os professores não conseguem chegar a todos de uma forma igual».                                                                                                                                                       

Beatriz Ribeiro, 19 anos, estudante de Biologia na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa                                               

            

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#6 “Um aumento notável da responsabilidade”  

 

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“Penso que a principal mudança que senti, quando entrei para o Ensino Superior, foi a necessidade de trabalhar em casa para atingir objetivos – o aumento da responsabilidade pessoal é notável. A especificidade das matérias abordadas é um fator que pode influenciar a motivação: eu sinto-me motivado ao estudar uma área de que gosto, por exemplo. De resto, no meu caso, o meu curso não se diferencia muito do Ensino Secundário, uma vez que pertenço a uma turma pequena e o modelo de avaliação continua a ser realizado através de trabalhos e testes”.

Manuel Gonçalves, 19 anos, estudante da Licenciatura em Música na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE) do Politécnico do Porto.

 

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#7 “Mudança nos métodos de estudo”

 

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«A principal mudança foi, sem dúvida, ao nível dos métodos de estudo. Eu sempre fui uma pessoa que para estudar tinha de escrever, escrever, escrever (e sempre o fiz à mão). Contudo, agora não consigo – a matéria é demasiada e o tempo é escasso. Por isso, comecei a usar cada vez mais o computador para conseguir estudar tudo a tempo e horas. Para mim, esta foi uma mudança drástica, mas lá consegui habituar-me. Não aconselho, ainda assim, a estudar apenas com o computador, é importante treinar a escrita à mão rápida, para conseguirem responder a todas as perguntas dos exames escritos, dentro do tempo que vos é dado. Por isso, penso que será importante conciliar ambos. O ideal será começar pelo computador para resumir a matéria de uma forma mais rápida e depois passar para a escrita à mão»                               

Beatriz Antunes, 19 anos, Licenciatura em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra

 

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#8 “Estudo mais autónomo”

 

Joana Torres

 

«Quando passei do secundário para o ensino superior, pensei que a minha vida iria sofrer uma mudança radical. Na realidade, não mudou assim tanto, até porque fiquei a estudar na minha área de residência. Contudo, os maiores desafios que senti foram o grande aumento na exigência dos professores e o número elevado de avaliações. Para além disso, senti que o estudo é mais autónomo e, ao contrário do Ensino Secundário, não há tanta proximidade com os professores. Apesar disso, é muito gratificante poder, finalmente, estudar algo focado no que realmente gosto».                    

Joana Torres, 19 anos, estudante de Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

 

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#9 “Trabalhar e estudar aquilo que gostas”

 

Fabio Remoaldo

 

“A grande mudança do ensino secundário para o superior é o quanto custa a primeira vez, mas é em tudo. O stress da primeira aula, da primeira frequência ou até mesmo da primeira cadeira que deixas para trás. O que pode fazer diferença é pensar que estás na faculdade porque queres e não por ser ensino obrigatório. Como aluno universitário, é necessário mentalizares-te que, independentemente das dificuldades, estás a estudar por que queres e porque gostas do que estás a fazer. No final do dia, o importante não é passar a disciplina e ter aquele 10 que diz que estás passado. O importante é saberes que estás a ficar apto a ser um bom profissional naquilo que decidiste que ias fazer para o resto da tua vida. Sei que a vida não é fácil, mas tenta ao máximo trabalhar e estudar aquilo que gostas e onde te sentes bem. Pela minha experiência, só sabes que estás no curso certo quando todas as cadeiras abordam temas que são do teu interesse!”

Fábio Remoaldo, 20 anos, Curso de Arquitetura na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa.

 

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#10 “Não quero que acabe!”

 

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«A entrada na universidade, no início, parece um pouco assustadora. Sobretudo, por passarmos de uma escola onde conhecemos quase toda a gente para um lugar onde não conhecemos ninguém. Contudo, uma vez que todos estão na mesma situação, é fácil conhecer pessoas novas e quem nos acompanhe no nosso percurso. Na minha experiência, a início entrei com medo e, agora, só penso o quanto não quero que acabe! Não só as queimas, os cafés com amigos ou as festas, mas até os trabalhos de grupo».

Mara Silva, 20 anos, estudante de Enfermagem na Escola Superior de Enfermagem do Porto

 

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#11 “Consegui adaptar-me”

                                    

Dalila Guimarães     

 

«Estou no primeiro ano do meu curso e a maior dificuldade com que me deparei foi o impacto das disciplinas mais teóricas, tendo em conta que frequentei um curso profissional, que é mais prático. Contudo, com estudo e com a colaboração dos professores, essa dificuldade já foi ultrapassada. Também necessitei de adaptar-me a uma nova realidade: decorar as salas e à forma diferente de como os professores apresentam as aulas, por exemplo. Para ultrapassar os obstáculos, tive que criar outros hábitos de estudo e de organização. Consegui adaptar-me e estou a ter um bom desempenho. Até agora, sinto que já aprendi imenso e sinto-me motivada para querer saber mais sobre a área de estudo».                                       

Dalila Guimarães, 19 anos, estudante da licenciatura em Gestão Hoteleira do Instituto Politécnico de Viana do Castelo