A produção de energia a partir de fontes não renováveis tem sido uma das principais causas da degradação do nosso planeta, sendo que a transição para fontes de energia renovável é uma escolha segura e benéfica para todos os envolvidos. A energia verde não emite dióxido de carbono nem gases de efeito estufa na atmosfera, e não polui o ar, os mares ou o solo. Por essa razão, trabalhar nesta área é também contribui ativamente para um mundo mais sustentável.
Em Portugal, esta é uma área de extrema importância devido ao compromisso do país com as energias renováveis. Em 2021, 59% da energia consumida em Portugal foi gerada a partir de fontes renováveis, representando um aumento de 8% em relação a 2019. Recentemente, o Governo estabeleceu a meta de atingir 80% de energia renovável até 2026. Numa época em que os desafios ambientais se intensificam, o setor das energias renováveis está em crescimento, proporcionando novas oportunidades de emprego.
«Em 2021, 59% da energia consumida em Portugal foi gerada a partir de fontes renováveis, representando um aumento de 8% em relação a 2019»
Numa altura em que os desafios ambientais são cada vez mais intensos, o setor das energias renováveis é um dos que mais tem crescido, prevendo-se que essa evolução positiva se acentue durante os próximos anos – uma aposta a que correspondem novas oportunidades no mercado de trabalho. Entre 2014 e 2018, por exemplo, as fontes de energia renováveis proporcionaram cerca de 41 mil empregos em Portugal. No mesmo sentido, 2021 foi um ano recorde na instalação de nova capacidade solar fotovoltaica em Portugal, com um aumento total de 65% face ao ano anterior.?
Ao longo dos últimos anos, várias empresas internacionais têm reconhecido Portugal como um dos países com maior potencial neste setor. Já em 2022, o primeiro-ministro António Costa destacou mesmo as condições que Portugal oferece para o investimento nesta área, ao ser “o parceiro comercial certo para os desafios e a oportunidade” das transições climática e digital.?
Diminuir a pegada
A eficiência energética é um dos caminhos cruciais para a construção de um futuro melhor, ao ser uma estratégia fundamental no combate à crise climática. Esta área desempenha um papel essencial na busca por uma utilização mais responsável dos recursos energéticos, procurando a redução significativa da nossa pegada ambiental.
As atividades relacionadas com a eficiência energética têm como objetivo garantir que se consegue realizar um trabalho de igual magnitude ou ainda mais substancial, mas utilizando uma quantidade significativamente inferior de energia. Nesse contexto, profissionais especializados na área da eficiência energética desempenham um papel cada vez mais relevante.
De resto, o impacto positivo desta área não se resume à redução dos impactos ambientais, uma vez que também é um meio para as empresas aumentarem seus lucros, a partir da redução das despesas associadas ao consumo de energia. De acordo com os dados da Pordata em 2020, por exemplo, o setor industrial em Portugal foi o principal consumidor de energia, representando cerca de 35% do consumo energético total. Este dado deixa clara a relevância dessa área no contexto da atividade económica, levando muitas empresas e organizações a desenvolver seus próprios planos de eficiência energética.
Descarbonizar a economia
Alinhado a esse contexto, num cenário em que a resposta às consequências da crise climática se coloca como uma prioridade global, a redução do consumo energético e a consequente diminuição da pegada ambiental são metas essenciais para organizações e estados. A "descarbonização da economia" tem sido apresentada como um objetivo estratégico pelo Governo português, por exemplo, sendo essa uma meta central na transição energética do país.
O desempenho de Portugal nesse âmbito ganhou reconhecimento internacional. Em 2021, por exemplo, o Energy Efficiency Watch Survey classificou Portugal em 7.º lugar na União Europeia em termos de implementação de políticas de eficiência energética. Esse resultado representou uma subida de 14 posições em relação a 2015, o que ilustra os progressos obtidos. Essa evolução é indicativa da importância crescente que a eficiência energética desempenha na construção de um futuro sustentável e com menor impacto ambiental.