Com 30 anos feitos há pouco tempo, a Universidade Aberta integra a rede nacional de Ensino Superior Público. A grande diferença para as restantes instituições desta rede está no facto de ser a única instituição desta rede dedicada exclusivamente ao ensino a distância. Presente na Qualifica, Carmen Santos, da delegação do Porto desta universidade, destaca a evolução da instituição ao longo dos anos: "começámos na telescola [quando aulas eram transmitidas na televisão pública] e hoje somos uma Universidade com todos os ciclos de ensino (licenciatura, mestrados e doutoramentos), pós-graduações e ações de formação". 

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Neste crescimento, Carmen Santos destaca a mudança que ocorreu por altura da implementação do Processo de Bolonha, por volta de 2007. Foi a partir daí que a Universidade Aberta passou a contar com uma plataforma de e-learning. "Foi um grande salto", recorda a reponsável, destacando que "a partir daí, foi possível passar a fazer avaliação contínua, por exemplo, tornando a oferta mais apelativa"

E, sobre a atratividade da oferta, sublinha, as tendências atuais acrescentam interesse às características da UAb. O crescimento de protagonismo do ensino a distância, bem como a necessidade de maior flexibilidade na gestão dos horários levam Carmen Santos e concluir que "a Universidade Aberta vai ao encontro do futuro". Nesta modalidade de ensino a distância, há apenas um momento que é obrigatoriamente presencial: o exame final. 

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A ligação com os jovens tem, contudo, particularidades. Apenas os maiores de 21 anos podem inscrever-se na Universidade Aberta, através de um exame próprio elaborado pela instituição. A exceção diz respeito aos menores de 21 anos que trabalhem há, pelo menos, dois anos. A média de idades dos alunos fixa-se já bem dentro da idade adulta, mas Carmen Santos acredita que esta realidade poderá mudar no futuro.

Para além da ligação dos mais jovens às tecnologias da comunicação, a responsável recorda que a distância entre o final do secundário e os 21 anos é cada vez mais curta: "Há quem opte por fazer uma pausa depois do secundário, para ganhar experiência e descobrir as suas áreas de interesse".