O dia de hoje uniu-nos mais enquanto grupo e desenvolvemos o trabalho em equipa”, foi assim que Francisca Nunes da Silva descreveu o segundo dia da IPVC Power Up, que se dividiu entre atividades em contexto de laboratório na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) e vários desafios inseridos no peddy-paper organizado pelo curso de Turismo.

 

Uma manhã pela ESTG

Num dos laboratórios da escola, a modelação de uma peça em 3D colocou os participantes em contacto com um software 3D. Seguindo o tutorial, e chegado ao desenho da peça, foi possível observar a impressão e perceber quais as potencialidades daquela impressora.

Continuando a ligação à tecnologia, com o professor Paulo Afonso, os estudantes fizeram um workshop com arduino, cujo objetivo era recriar um instrumento musical. “Fizeram uma espécie de uma brincadeira, em que por cada dez centímetros de distância, o arduino dava um som diferente”, explicou o professor coordenador da atividade. Os participantes colocavam-se junto ao aparelho e com as variações da distância variavam os sons emitidos, nos quais se ouvia “A Portuguesa”.

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Esta manhã conduziu, também, os estudantes a uma atividade de criação de pontes apenas com dois materiais: papel e fita-cola. Este projeto incluía um desafio funcional e outro estético, através da conjugação da parte da engenharia com a parte do design, onde “a ideia passava por conseguirem desenvolver a própria imaginação”, com materiais frágeis e simples, contou a professora Joana Almeida. No final, foram apurados os vencedores das pontes com maior capacidade de suporte de peso. “Foi interessante, e só com papel e fita-cola foi ainda mais interessante e complicado”, assim descreveram Sofia Germano e Maria Jorge, duas participantes que formavam um grupo de trabalho na construção do projeto.

 

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O laboratório de análise sensorial foi outras das paragens nesta escola, onde, com a professora Carla Barbosa, fizeram um teste de aceitabilidade para perceber, enquanto consumidores, o que achavam do produto – neste caso, iogurte de morango nas suas variações. A análise do produto incluía a perceção visual, aromas, sensações de boca, entre outros parâmetros.

Esta foi a primeira fase da atividade que seguiu para uma técnica de geração de novas ideias, designada por SCAMPER, onde cada uma das iniciais tem um significado: S – Substituir materiais, C – Combinar; A – Adaptar; M – Modificar; P – Procurar outra utilização; E – Eliminar características que já existam; R – Reverter. “Aqui, lancei-lhes um novo desafio, que seria desenvolver um novo tipo de iogurte tendo por base esta técnica”, explicou a professora Alexandra Borges, acrescentando que as inovações podem resultar de uma nova combinação a partir de um produto que já exista. O propósito desta atividade é “fazê-los pensar, mostrar-lhes o que podemos fazer nesta área”, salientou a professora. Gabriel Medeiros, um dos participantes, contou que “foi uma atividade interessante, porque nunca tinha pegado em produtos diferentes e relacionado”. Diferenciado, desafiador e divertido foram as palavras escolhidas para descrever o desafio.

 

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À descoberta de Viana

Depois do almoço, os participantes seguiram até ao Castelo de Santiago da Barra, a primeira paragem do peddy-paper. “A ideia foi proporcionar a estes jovens uma visita pela cidade, não deixando de incluir a oportunidade de eles descobrirem a vertente do turismo”, na qual o IPVC tem uma variedade grande de cursos, explicou Goretti Silva, coordenadora do curso de Turismo da ESTG. “No Turismo, como ele é tão diversificado, o nosso laboratório mais interessante é a cidade”, disse a professora ao contar que os estudantes iriam descobrir a cidade sob o olhar de quem trabalha na área, estado em todos os locais docentes ou ex-alunos do IPVC.

 

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Cada paragem era um ponto de visita turística, onde receberam a visão de quem trabalha no setor. O objetivo passava por aprenderem sobre a história do local, as curiosidades e especificidades e descobrir a visão e funções de quem lá trabalha, para conseguir uma experiência alargada.

Um destes pontos era o Welcome Center | Vivexperiência, um posto de turismo e simultaneamente um local de organização e venda de atividades de animação e desportivas, foi um espaço de visita durante o peddy-paper. O Centro Interpretativo do Caminho de Santiago é, segundo Goretti Silva, um reflexo de uma oferta que vai crescendo e que acompanha a procura – e outras das paragens neste caminho. Seguia-se mais uma atividade no Hotel Fábrica do Chocolate, que era inicialmente uma fábrica que mais tarde foi transformada num hotel, museu e loja. É uma unidade hoteleira “que traduz a oferta diferenciadora que a cidade vai gerando”. “Uma entidade por si só”, assim descreve a professora o Navio Gil Eanes, que é um ponto emblemático da cidade de Viana do Castelo, que traduz a história da pesca do bacalhau, ao acompanhar enquanto navio-hospital muito dos pescadores das frotas bacalhoeiras. A estes pontos juntam-se ainda a Casa dos Nichos, um exemplo de um património construído da cidade, como descreve Goretti Silva, e a Sweet Travel, uma agência de viagens, de uma ex-aluna e docente do IPVC, que acolhe alunos como estagiários e que representa a outra vertente do setor.

 

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Todos os percursos findavam no BC-9, o Batalhão de Caçadores, que pertenceu em tempos ao exército e que agora é o espaço dedicado aos Serviços de Ação Social do IPVC, que inclui residência, serviços de refeições, lavandaria e ginásio. Aí terminou o segundo dia desta academia, que amanhã segue para a Escola Superior de Saúde.