Este disco, cujo artwork acaba de ser revelado, já se encontra em pré-venda na Rastilho Records Store. A capa de "No Fim Era o Frio" é da responsabilidade de dois habituais colaboradores da banda: o arranjo gráfico da designer Sónia Teixeira Pinto e o desenho do artista plástico José Carlos Costa.
Para comemorar e assinalar o lançamento do novo disco, a banda apresenta-se dia 28 de setembro no Hard Club (Porto) e dia 11 de outubro no LAV (Lisboa).
O disco “No Fim Era o Frio” apresenta-se como "uma narrativa distópica onde conceitos como aquecimento global ou subida das águas do mar servem de ponto de partida e cenário para um questionar e decompor de diferentes paradigmas do quotidiano", explica a banda bracarense liderada por Adolfo Luxúria Canibal. "São paradigmas que nos rodeiam e com os quais nos relacionamos e que todos os dias replicamos – criando com eles uma familiaridade tal que nos impede, muitas vezes, de deles tomar verdadeira consciência –, desviados para um outro enquadramento onde a familiaridade ganha a estranheza que permite a sua percepção. Mas esta é uma percepção demencial, num horizonte ficcional que nunca sabemos se é real ou delirante e onde as composições criadas com os padrões deslocalizados da sua primitiva função dão novas vidas e leituras ao frio cosmológico e à solidão humana, aqui ecos de uma mesma inadaptação existencial e vazio afectivo", explicam ainda os músicos. 'Deflagram Clarões de Luz' é a primeira amostra deste registo.
Ao vivo, na apresentação do disco, os Mão Morta recriam a distopia, dando espaço para o palco funcionar como terreiro dessa demanda de calor humano, um terreiro devastado pelo fim da civilização e pelo níveo alvor de um novo recomeço, sem outro programa para além do mantra hipnótico tecido pela música. Além dos espetáculos no Porto e Lisboa, 'No Fim Era o Frio' será apresentado ao vivo também no Cineteatro Louletano, Loulé, a 31 de outubro e a 9 de novembro chega a terras internacionais com um concerto no Kulturfabrik no Luxemburgo.