Desta feita a cantora marroquina visitou Braga (Theatro Circo) e depois Lisboa (Teatro Capitólio), nas noites de 25 e 26 de maio. A intérprete – cujo nome de batismo é, na verdade, Zahra Hindi – é filha de mãe marroquina e de pai francês. Soma-se-lhe o Inglês, com toques de jazz e blues, e temos a poção mágica servida na noite de domingo na sala da nossa capital.

Os álbuns ‘Homemade’ e ‘Homeland’, este assumidamente autobiográfico, serviram de pano de fundo a uma atuação felina na qual também se deixaram brilhar à vez os talentos dos 6 instrumentistas (todos homens) que acompanhavam Hindi em palco. Qual pantera nas suas vestes negras a condizer com os longos cabelos que explorou num interminável headbaging no encore, Zahra também mostrou a sua docilidade, a sua fragilidade, sobretudo sempre que se distanciava das sonoridades do Médio Oriente.

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Estava visualmente deliciada por estar por cá, em tão boa companhia, tamanha foi a devoção do público que, logo ao primeiro tema, já cantava e batia palmas, como se a artista dele tivesse feito a sua marioneta preferida. Será um nome a repetir em palcos nacionais, basta que, justiça seja feita, os promotores de espetáculos devolvam a chamada que proporcionou estes belos momentos.

A primeira parte do espetáculo foi assinada por LaBaq, cantora, compositora e multinstrumentista brasileira, que por cá apresentou o seu segundo álbum, ‘Lux’.

(Fotos: Nuno Andrade)