Passado um ano da edição do aclamado ‘Mundu Nôbu’ e depois de, no passado mês de agosto, ter disponibilizado digitalmente ‘Mundu Nôbu Remix EP’, Dino D’Santiago regressa com a edição do EP “Sotavento”. Graças à sua visão ampla sobre as infinitas possibilidades existentes na atual música urbana made in Lisboa, o músico brinda-nos com texturas afro-pop que se misturam na perfeição com a sua proposta de funaná futurista e batuku eletrónico, envolvidos em arranjos vocais que tanto vão beber ao gospel como à soul da escola Motown.

As cinco canções reunidas neste EP são influenciadas por géneros tradicionais que nos chegam das ilhas do sotavento cabo-verdiano. E ainda que Dino aponte o Batuku e o Funaná como duas das suas maiores influências, neste EP, o autor de ‘Nova Lisboa’ não hesitou em mergulhar no legado musical desenvolvido nas décadas de 80 e 90 pela geração Livity, a geração que electrificou a música do arquipélago da morabeza.

É deste eixo Cidade da Praia - Lisboa - Roterdão que nascem as melodias de “Ilhéus (Nu Bai)”, o ritmo contagiante de “Brava (Carta Pa Tareza)”, o Batuku arrojado de “Santiago (Jorge & Andresa)”, o vertiginoso e híbrido “Fogo (Nu Fazi)” com a sua fusão de Pop/Techno e o energético e galvanizante “Maio (Kel Kê Di Nôs)”, que transforma o Funaná em afro-punk.