Para representar Portugal no WorldSkills, Pedro Pereira viajou 5000 quilómetros, de Lisboa até Kazan. Foi já no Campeonato do Mundo das Profissões que surgiu a possibilidade de percorrer uma distância ainda maior, viajando quase 13 mil quilómetros até Pequim, depois do convite da comitiva chinesa aos participantes portugueses da área da robótica. “Estar uma semana em Pequim foi especialmente enriquecedor – a China tem um know-how muito avançado em robótica e senti-me desafiado e com vontade de melhorar”.
A ligação a esta área começou no Curso de Aprendizagem de Automação, Eletrónica e Controlo Industrial, no CINEL, em Lisboa. A escolha do curso, explica, foi feita com o objetivo de “poder criar mais rapidamente uma carreira profissional”. “O meu irmão completou o mesmo curso e vi no exemplo dele um percurso que me agradava”, acrescenta.
Foi no curso que acabaria por descobrir a sua vocação, muito devido à componente prática das aulas e dos estágios: “São formas de ter um contacto com a realidade e acabei por desenvolver o ‘bichinho’ por esta área”. A escolha sempre lhe pareceu acertada, tendo em conta “o bom aproveitamento no curso” e o facto de ter começado imediatamente a trabalhar na área, depois de diplomado.
Durante o último ano do curso, surgiu o convite para participar no Campeonato Nacional das Profissões que lhe garantiria o lugar no WorldSkills. “Aceitei porque me agrada o aspeto da competição”, começa por contar, salientando a importância de conhecer o trabalho feito por outros: “Se ficarmos sozinhos na garagem, a programar o nosso robot, não vamos ter acesso ao espectro completo”.
Já em Kazan, Pedro conquistou, juntamente com Luka Zandarashvili, o prémio “Best of The Nation” – um galardão que vê como recompensa pelo trabalho e dedicação: “Tanto eu como o Luka trabalhamos durante o dia e estudamos à noite, ocupámos os nossos sábados com a preparação para a competição. A medalha acaba por ser gratificante, tendo em conta todo esse esforço”.