“As provas na área de Gestão de Redes Informáticas requerem bastante estudo e prática”, começa por contar o estudante Messias Rodrigues, que avança com uma comparação: “É como fazer uma receita para um bolo – decoramos a receita e fazemos o nosso bolo, no dia da prova”. “E tem que estar no ponto e saboroso”, acrescenta, entre risos.
A preparação da receita a apresentar no Campeonato Nacional das Profissões de Setúbal começou ainda antes da prova. Os treinos foram intensos e acabaram por “complementar muito os conhecimentos”, conta o estudante açoriano. Sobretudo, realça Messias, nas categorias em que não estava tão bem preparado. “Foram muitas horas investidas no treino, durante cerca de um mês”, recorda.
No final, o objetivo seria cumprido. A área da informática é “um mundo muito vasto”, destaca o estudante, o que torna ainda mais importante este trabalho complementar: “Desenvolvi competências para diagnosticar problemas, sinto que foi nessa vertente que evolui mais”. A repetição das tarefas e comandos, a correção dos erros e a criação de soluções, nomeadamente em ambiente competitivo, fizeram a diferença. “Ganhei mais maturidade para conseguir lidar com obstáculos”, resume.
Redes, naturalmente
Messias é estudante do Curso de Aprendizagem de Técnico de Informática, Instalação e Gestão de Redes na ENTA – Escola de Novas Tecnologias dos Açores. Na altura da entrada no curso, o estudante – que vinha de um curso de científico-humanísticos – não sabia bem o que o esperava. Aos poucos, conta, começou a “aprender a ganhar gosto pela área”. Hoje, diz-se “satisfeito com a escolha”, ao estar a aprender competências numa área em rápida evolução.
“Desenvolvi competências para diagnosticar problemas, sinto que foi nessa vertente que evolui mais. [E] ganhei mais maturidade para conseguir lidar com obstáculos”
Messias Rodrigues, Campeão Nacional de Gestão de Redes Informáticas
Foi depois de um ano de curso que teve a primeira aula de redes informáticas – a categoria em que competiria, no Campeonato Nacional das Profissões de Setúbal. “Quis participar também por ser a área que mais gosto na Informática”, recorda, garantindo que é na área de redes que espera continuar a especializar-se, depois de terminar o curso, investindo novamente na sua formação: “Esta é uma área muito importante para a Informática, sem um gestor de redes, as aplicações não servem para nada. Os programadores têm maior visibilidade, mas os técnicos de rede fazem o trabalho invisível que faz com que as coisas avancem de um ponto para o outro. Coisas que, hoje em dia, parecem naturais”.