A solidariedade sempre renovada dos portugueses volta a ser posta à prova num momento de particular dificuldade e necessidade: nunca como agora fez tanto sentido a ideia de que é possível fazer a diferença apenas com um pequeno gesto.

“Por mais pequena que seja a sua contribuição, muitas pessoas beneficiam da sua ajuda”, constitui a ideia-forte da campanha mediática, que traduz de uma forma feliz e simples o sentido mais puro da grande acção de apelo à solidariedade dos Portugueses.

Em 17 regiões do País (Lisboa, Porto, Coimbra, Évora e Beja, Aveiro, Abrantes, São Miguel, Setúbal, Cova da Beira, Leiria-Fátima, Oeste, Algarve, Portalegre, Braga, Santarém, Viseu e Viana do Castelo), mais de 28 mil voluntários devidamente identificados estarão à porta dos estabelecimentos comerciais a convidar os portugueses a associarem-se a uma causa que já conhecem, doando as suas contribuições em alimentos.

Contexto de dificuldade
Numa época em que muitas famílias portuguesas se encontram em dificuldades, a partilha e a solidariedade são mais do que nunca necessárias. Os desempregados, os idosos, as crianças e as famílias desestruturadas são os grupos mais atingidos pela situação de forte agravamento da situação económica que se vive em Portugal e no Mundo. Para fazer face a um crescente número de pedidos de apoio que tem vindo a chegar aos Bancos Alimentares contra a Fome, é forçoso que estes alarguem a sua capacidade de resposta. Concretizar esse objectivo e minorar as carências de muitos, atingidos indiscriminadamente pela contundência da crise económica, está nas mãos de cada um e de todos, respondendo “presente” com um “pequeno” gesto à medida da disponibilidade individual e que se torna “grande” no colectivo.

A combinação da solidariedade generosa dos portugueses e da eficácia comprovada da acção dos Bancos Alimentares Contra a Fome na tentativa de minorar a penosa realidade das carências alimentares, constitui a prova evidente de que a sociedade civil se pode – e deve – substituir com vantagem ao Estado na resolução de alguns dos problemas com que se confrontam as sociedades modernas, tornados recentemente ainda mais evidentes e agravados pela crise económica, que trouxe consigo um significativo abrandamento da actividade e um brutal e súbito agravamento do desemprego.

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Campanha 2010

Produto da campanha distribuído localmente
A campanha decorre nos moldes tradicionais durante o fim-de-semana de 29 e 30 de Maio: voluntários dos Bancos Alimentares Contra a Fome, devidamente identificados, solicitam a participação do público à entrada dos estabelecimentos comerciais. Para participar nesta campanha, basta aceitar um saco do Banco Alimentar e nele colocar bens alimentares para partilhar com quem mais precisa. São privilegiados os produtos não perecíveis, tais como leite, conservas, azeite, açúcar, farinha, bolachas, massas, óleo, etc.

A campanha mobilizará mais 28.000 pessoas que, a título voluntário, recolhem as contribuições efectuadas nos estabelecimentos comerciais, as transportam e arrumam nos armazéns dos dezassete Bancos Alimentares em actividade.

O produto da campanha, ainda com recurso ao voluntariado, será distribuído de imediato e localmente a pessoas com carências alimentares comprovadas através de mais de 1.700 Instituições de Solidariedade Social previamente seleccionadas e acompanhadas ao longo de todo o ano por voluntários visitadores.

BA

Campanha "Ajuda Vale"
Em simultâneo com a campanha tradicional de recolha vai ainda decorrer até 6 de Junho a campanha "Ajuda Vale", em todas as lojas das cadeias Dia/Minipreço, El Corte Inglês, Jumbo/Pão de Açúcar, Lidl, Modelo/Continente, Pingo Doce e Feira Nova.

Nesses estabelecimentos serão disponibilizados em suportes próprios vales de produtos seleccionados (como azeite, óleo, leite, salsichas e atum). Cada cupão representa uma unidade do produto (por exemplo, "1 litro de azeite", "1 litro de leite", etc.). Este cupão, para além de mencionar que se trata de uma entrega destinada aos Bancos Alimentares Contra a Fome, refere de forma clara a identificação do tipo de produto, a respectiva unidade e inclui um código de barras próprio, através do qual é efectuado o controlo das dádivas. Ao efectuar o pagamento, o dador entrega o cupão "Ajuda Vale" na caixa registadora e os produtos ficam claramente identificados no talão de caixa. A logística de transporte para os Bancos Alimentares contra a Fome fica a cargo de cada uma das cadeias de distribuição.

Através desta nova modalidade, cuja execução será auditada externamente, os Bancos Alimentares Contra a Fome conseguirão chegar à quase totalidade das localidades do País, promovendo ainda mais uma lógica de proximidade e de facilidade de contributo.

Também na rede de lojas Payshop, 3.800 espaços espalhados por todo o país, é possível contribuir para esta campanha, fazendo uma doação em dinheiro que será convertida em leite e dará lugar à emissão de recibo.

Para mais informações sobre a campanha, contactar:
Banco Alimentar Contra a Fome:
91 900 02 63 ou 21 364 96 55 ou ainda http://www.bancoalimentar.pt/

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Entrevista FORUM ESTUDANTE a Isabel Jonet