#1 Pós-Graduação ou Especialização 

   Vantagens: Formações de curta duração; Formatos de ensino flexíveis, muitas vezes online; Conhecimentos e competências orientados para resultados; Abordagem prática e direcionada para uma área específica; Enriquecimento do currículo com novos conhecimentos técnicos; Estabelecimento de novos contactos (Networking)  

Desvantagens: Não conferem grau académico 

Ideal para: Adequação do profissional a uma área específica, Requalificação de trabalhadores já inseridos no mercado de trabalho; Complemento à formação da licenciatura; Exploração de novas áreas de interesse

Os cursos de Pós-Graduação ou Especialização, conforme a denominação atribuída pela instituição de ensino superior, são cursos de curta duração, variando entre os seis meses e um ano letivo completo. Por sua vez, o número de créditos (ECTS) atribuído também varia, neste caso entre os 12 ECTS e os 60 ECTS. Estes créditos podem garantir equivalências para outros cursos de formação avançada, nomeadamente o mestrado.

Ainda que não confiram grau académico, os cursos de especialização ou pós-graduação conduzem à atribuição de um diploma após aproveitamento, seja um Certificado de Especialização (no caso dos cursos de curta duração) ou um Diploma de Especialização (para cursos de média e longa duração). 

De acordo com as informações apresentadas no site da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), “o termo ‘pós-graduação’ está associado a um curso de especialização que constitui uma parte do ciclo de mestrado, mas que não é suficiente para aquisição do grau”. Ainda assim, note-se que o conceito de pós-graduação é “mais amplo, abrangendo outros exemplos”, ressalva a DGES.

Este tipo de formação é frequentemente visto como uma mais-valia para os estudantes que procuram uma especialização numa área do seu interesse. O site Ekonomista destaca que “as pós-graduações são a opção ideal para quem quer desenvolver as suas capacidades numa determinada área científica e que procura uma formação mais prática, aplicável ao mercado de trabalho”. 

A divulgação destes cursos e das suas condições de candidatura e funcionamento é da exclusiva responsabilidade dos estabelecimentos de ensino superior, aponta a DGES. 

#2 Mestrado

   Vantagens: Possibilidade de especialização; Potencial experiência profissional incluída; Orientação para a investigação; Enriquecimento do currículo; Maior reconhecimento no mercado de trabalho; Formatos de ensino cada vez mais flexíveis, muitas vezes online; Estabelecimento de novos contactos (Networking) 

Desvantagens: Investimento financeiro 

Ideal para: Especialização profissional; Complemento de conhecimentos e aquisição de novas competências; Investigação numa área específica; Reconhecimento profissional; Aumento do salário potencial  

Um Mestrado é uma formação superior (2.º ciclo) que se distingue da licenciatura (1.º ciclo) pela sua componente de especialização, mediante a elaboração de um trabalho de natureza científica. 

Esta formação pode ser um mestrado integrado, pressupondo, portanto, a continuação do ciclo de estudos (1.º ciclo). Por outro lado, é possível enveredar por um mestrado cuja área de estudos seja diferente da licenciatura. 

Em Portugal, a duração de um mestrado varia entre os 3 a 4 semestres, englobando 90 a 120 créditos ECTS. De igual forma, nesta formação superior existem duas fases distintas de avaliação.

No site da DGES, um mestrado é entendido como “um curso de especialização, constituído por um conjunto organizado de unidades curriculares”. Por sua vez, a esta primeira componente ou fase de avaliação letiva “corresponde um mínimo de 50% do total dos créditos do ciclo de estudos”, acrescenta a DGES. 

Já numa segunda fase, um aluno de mestrado tem a oportunidade de desenvolver uma especialização numa determinada área, à qual “corresponde um mínimo de 30 créditos”, de acordo com as informações presentes no site da DGES. Neste caso, o mestrando pode escolher uma das três hipóteses: a elaboração de uma dissertação, de um trabalho de projeto ou de um estágio (e respetivo relatório com contextualização teórica da sua experiência laboral). 

Contudo, seja qual for a hipótese escolhida, ao longo da elaboração deste projeto, o aluno será sempre acompanhado por um orientador doutorado. Da mesma forma, terá de apresentar o trabalho final perante um júri de avaliação. Concluídas a componente curricular e científica, será então atribuído o grau de mestre. 

#3 MBA

   Vantagens: Diferentes programas e modalidades de ensino; Aprendizagem prática e direcionada para uma área específica; Desenvolvimento de habilidades e competências práticas; Orientação para o mercado de trabalho; Enriquecimento do currículo com novos conhecimentos técnicos; Estabelecimento de novos contactos (Networking)

Desvantagens:Não conferem grau académico; Elevado investimento financeiro   

Ideal para:Maior reconhecimento no mercado de trabalho; Requalificação de trabalhadores já inseridos no mercado de trabalho; Aumento do salário potencial; Especialização em determinada área; Desenvolvimento de habilidades orientadas para o mundo profissional

Um MBA (Master of Business Administration) trata-se de uma formação avançada, cuja duração pode ser de um ou dois anos. Tal como o nome indica, estes cursos são essencialmente focados na área dos negócios e da administração/gestão. São, por isso, lecionados em escolas especializadas nestas áreas, também apelidadas de Business Schools.

Em Portugal, o primeiro MBA surgiu em 2004, recorda o Jornal Público. Segundo esta mesma fonte, foi a região norte do país que viu nascer o pioneiro “MBA Executivo da Católica Porto Business School (CPBS)”.

Embora não sejam conferentes de novo grau académico, esta formação é altamente valorizada no mercado de trabalho, sendo o seu retorno significativo para os estudantes. O Jornal Económico sublinha que “a ambição de aumentar o rendimento salarial e de progredir na carreira é uma forte motivação para fazer um MBA. Com resultados visíveis”. 

#4 Doutoramento

   Vantagens: Grau elevado de especialização; Criação de mais-valia científica e social; Independência; Prestígio económico e profissional 

Desvantagens: Investimento financeiro; Objetivo de longa duração;   

Ideal para: Vontade de especialização profunda numa área específica; Vocação científica ou de investigação; Melhoria do estatuto social, económico e profissional; Aposta numa carreira na área do ensino

De acordo com o site da DGES, a estrutura de um doutoramento inclui a “elaboração de uma tese original especialmente para este fim, adequada à natureza do ramo de conhecimento ou da especialidade”, a par da “eventual realização de unidades curriculares dirigidas à formação para a investigação”.

Embora não exista uma duração e número de créditos (ECTS) definidos para este ciclo de estudos, o mais frequente é que um doutoramento corresponda a uma formação de 3 a 4 anos (6 a 8 semestres), compreendendo um total de 180 a 240 ECTS.

Um curso de doutoramento tem um alto nível de complexidade, sendo para muitos essencial no mercado de trabalho. O Jornal i sublinha que a finalização desta formação “é uma marca de conquista com a garantia de que o seu detentor, para além de conhecer profundamente o seu tópico, tem mais competências e oportunidades de carreira”. 

Por sua vez, estas competências, além de essenciais para a comunidade académica e científica, são também valorizadas pelos recrutadores. Na verdade, muitos doutorados “não são recrutados essencialmente pelos seus conhecimentos técnicos, mas por outras competências adquiridas durante 4 anos de trabalho intenso dedicado ao seu tópico de investigação”, acrescenta o Jornal i. 

A atribuição do grau de doutor depende da “aprovação no ato público de defesa da tese”, segundo a DGES. Esta mesma fonte acrescenta que cada estabelecimento de Ensino Superior é responsável pela definição da estrutura e plano curriculares destes cursos, assim como dos critérios de elaboração da tese (orientação, apresentação, defesa e júri). 

Números depois da licenciatura  

 De acordo com a Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), existem 2644 cursos de mestrado, em 263 Instituições e unidades orgânicas de ensino em Portugal. Já no que toca ao mestrado integrado, em Portugal, existem 162 cursos em 56 Instituições e unidades orgânicas de ensino. 

A DGES aponta ainda para a existência de 892 cursos de Doutoramento, em 119 Instituições e unidades orgânicas de ensino, em Portugal.  

Segundo os dados da Pordata, no ano de 2022, em Portugal, registou-se um total de 22.346 diplomados com mestrado e 6.041 com mestrado integrado. 

Já quanto a outros níveis de formação, em 2022, em Portugal, 2.230 estudantes concluíram cursos de pós-graduação/especialização e 2.317 estudantes terminaram um curso de doutoramento.