Nos últimos dias, tem-se falado sobre o aumento das propinas em algumas instituições do ensino superior. Estas alterações já moveram protestos em algumas partes do país, e é um tema que parece não cair em esquecimento tão facilmente.

É que, segundo o Jornal de Notícias, existem casos em que o aumento chega a 100%: “O valor foi publicado recentemente, tendo passado de 697 euros para 1500 euros anuais, atingindo os 2500 euros em alguns cursos de mestrado”, referindo-se ao aumento estipulado pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Se estivermos perante uma tendência no ensino superior, é possível que sejam muitos os estudantes que não consigam cobrir esta despesa. Mas quais as alternativas?

Um dos recursos mais comuns, será o próprio estudante pedir financiamento para educação através do tão conhecido “crédito formação”. Como se trata de um crédito principalmente para jovens, os bancos oferecem algumas vantagens que não se encontram noutras alternativas de empréstimos ao consumo.

Como Funciona o Crédito Formação?

O crédito formação é nada mais, nada menos que uma modalidade de crédito pessoal.

É verdade que através das modalidades de crédito pessoal online, é possível pedir um empréstimo sem finalidade para estudar também. Contudo, se escolher um crédito formação em específico, acaba por ter condições especiais.

A natural preocupação de pedir um empréstimo passa por liquidar a dívida o quanto antes, mas neste financiamento, o funcionamento é outro. É que o crédito formação não é pago logo após o empréstimo do dinheiro, existindo um período de carência que por norma chega a 4 anos. Isto significa que durante os estudos apenas são pagos juros do crédito e só quando terminar a formação é que o estudante começa a pagar a mensalidade completa.

Relativamente às taxas de juro, o financiamento para estudantes é um tipo de crédito pessoal que apresenta as condições mais baixas, podendo também encontrar soluções com taxa fixa e que não alteram ao longo da duração do contrato. Juntando à possibilidade de conseguir pagar posteriormente o crédito até 120 meses, ou seja, em 10 anos, é possível obter uma mensalidade bastante reduzida.

No entanto, é realmente importante encontrar um balanço entre o período de reembolso e o montante financiado para que após a formação e o começo da vida profissional seja possível amortizar o empréstimo o mais rapidamente possível.

Relativamente à burocracia associada ao crédito formação, o estudante tem de cumprir com alguns requisitos e obrigações:

  • Ter mais do que 18 anos de idade;
  • Apresentar comprovativo de matrícula/inscrição na instituição pública ou privada;
  • Ter cadastro de créditos limpos e sem incumprimentos.

Sendo que, o estudante também deverá apresentar resultados anualmente, existindo uma obrigação mínima de cumprimento com o banco.

Onde Pode Ser Aplicado o Crédito Formação?

Dependendo de banco para banco, as condições podem mudar. Todavia, um estudante encontra uma solução de financiamento para praticamente todos os casos:

  • Cursos do Ensino Secundário
  • Curso Profissionais
  • Licenciaturas
  • Pós-graduações
  • Mestrados
  • Doutoramentos
  • MBA

Em muitos casos, é possível até pedir financiamento para cursos mais especializados, como por exemplo, o de piloto. Sendo que este tipo de crédito não está limitado apenas a Portugal, podendo ser utilizado para estudar no estrangeiro igualmente.

E, apesar da principal preocupação ser o pagamento das propinas, é verdade que o crédito formação pode ser utilizado para pagar outros custos, tais como, matrícula, materiais necessários para estudo, alimentação e despesas para deslocação.

Como grande parte das instituições de ensino têm um banco nas próprias instalações, é possível pedir mais informações diretamente no balcão. Contudo, e com forte presença das instituições financeiras no mercado online, conseguir várias simulações de crédito formação ajudará a encontrar uma melhor solução.