Em novembro de 2021, mais de 1000 estudantes e professores reuniram-se na Fundação Calouste Gulbenkian, no terceiro encontro nacional programa Escolas Ubuntu do Instituto Padre António Vieira (IPAV). Hoje, cerca de um ano depois e numa sala contígua, o Presidente do IPAV, Rui Marques, partilhou alguns dos resultados do projeto, durante o Fórum Mundial para a Cidadania e a Educação.

O programa Escolas Ubuntu é desenvolvido em Portugal há 10 anos, estando hoje presente em 391 escolas nacionais. Em todo o mundo, contam-se mais de 27 mil participantes de 18 países. O objetivo, explicou Rui Marques, é fundar “um novo paradigma educacional” assente em três eixos: a ética do cuidado, liderança servidora e construção de pontes.

 

 

A apresentação de Rui Marques incluiu a partilha de alguns dos resultados alcançados pelos Clubes Ubuntu que se espalham por centenas de escolas do país. De acordo com os inquéritos realizados junto dos participantes, o impacto faz-se sentir em várias vertentes – 67% diz sentir-se mais resiliente, 70% mais autoconfiante. Por outro lado, os estudantes dizem ainda ter melhorado as competências de autoconhecimento (54%) e relacionais (39%).  

Tendo em conta estes resultados, o presidente do IPAV destacou a forma como este programa trabalha o âmbito do evento que, hoje e amanhã, se realiza na Fundação Calouste Gulbenkian – a ligação entre Educação e Cidadania. “Este programa leva às escolas uma educação para a interdependência”, explicou Rui Marques, destacando a forma como, através da participação, é oferecida aos estudantes e professores a “possibilidade de construção de sentido e propósito de vida”. A visão inerente a este trabalho tem em vista um mundo diferente, concluiu: “Um mundo mais justo, mais equitativo, que não deixa ninguém para trás”.