O IAVE revelou, no passado dia 8 de junho, mais informações sobre os exames nacionais que se aproximam, num documento publicado no seu site. O objetivo, explica este instituto público, é complementar a informação habitualmente conhecida, bem como as revelações publicadas no final de maio, relativas às alterações motivadas pelo contexto de pandemia do novo coronavírus.

Na altura, o IAVE revelou a existência de dois conjuntos de perguntas: questões obrigatórias e questões em que apenas serão contabilizadas as respostas com melhor classificação, deixando em aberto o ratio de perguntas destes dois tipos. A informação revelada agora pelo Instituto de Avaliação Educativa esclarece este ponto, com a divulgação das informações-prova específicas para cada exame nacional.

 

Exames Nacionais. O que muda nos enunciados?

Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) divulga algumas medidas que integram "os diferentes percursos escolares dos alunos", no contexto da pandemia de Covid-19. A Leya Educação explica-te quais. Foi com o objetivo de "contemplar a reconhecida diversidade de percursos escolares e as alterações das normais condições de frequência do terceiro período do ano letivo 2019/2020" que o IAVE encontrou soluções a implementar nos Exames Nacionais de 2020.



Tendo em conta os critérios revelados, sabe-se agora que apenas numa das provas a cotação obtida em itens obrigatórios será suficiente para obter positiva: Desenho A. Em todos os outros casos, a soma das classificações a estas perguntas será sempre inferior a 100 (10 valores). A percentagem de questões obrigatórias, por sua vez, oscila entre os 30% e os 50%. É possível consultar as informações detalhas em cada prova no documento revelado pelo IAVE.

O IAVE revelou ainda que as questões que contarão obrigatoriamente para a cotação final serão colocadas no interior de uma "moldura que rodeia o item" e serão "indicados na primeira páguna de cada prova", revelando ainda que as provas terão uma "extensão semelhante a anos anteriores". 

 

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Matemática A e a escolha múltipla

Outra das revelações sobre os exames nacionais está relacionada com o aumento do peso da cotação correspondente a itens de escolha múltipla, no exame de Matemática A. Segundo a informação noticiada ontem pelo Correio da Manhã, o peso destas questões foi duplicado, sendo que "acertar nas oito perguntas [de escolha múltipla] previstas dá positiva", num total de 128 pontos, ou seja, 12,8 valores.

 


Peso das questões de escolha múltipla vai duplicar no exame de Matemática A, aumentando de 64 para 128 pontos.


 

A informação revelada pelo IAVE relativa a este exame explica que nenhum dos 12 items a contabilizar para a cotação final (4 obrigatórios e 8 não obrigatórios em 14 possíveis) valerá menos de 16 pontos. Mais detalhes foram confirmados ao Correio da Manhã pelo presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, Filipe Oliveira. "Estão previstos oito itens de escolha múltipla e, segundo a informação do IAVE, nenhum vale menos do que 16 pontos", informou. Este aumento implica a duplicação do peso deste tipo de pergunta que, até agora, correspondia, no máximo, a 64 pontos.

A questão tinha sido levantada anteriormente pelo jornal Público que procurou saber junto do IAVE mais detalhes sobre os critérios para a inclusão de determinada matéria nas questões obrigatórias. De acordo com a informação prestada pelo IAVE estas perguntas "podem incidir em competências e conhecimentos desenvolvidos e consolidados ao longo do percurso escolar ou na informação facultada pelos suportes associados ao item”.