O projeto Zelar@CB consiste numa aplicação para monitorizar indicadores relacionados com atividades diárias dos idosos isolados. Desta forma, a tecnologia alerta para qualquer modificação dos seus hábitos, permitindo um acompanhamento próximo desta população.

Criado pelo docente Rogério Dionísio e com o apoio dos alunos Cassandra Jesus e Fábio Formiga, da licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e das Telecomunicações do IPCB, a aplicação utiliza tecnologias da Internet das Coisas (IoT) e de Inteligência Artificial para "de modo seguro, não invasivo e respeitando a privacidade dos seus utilizadores", detetar alterações na atividade habitual do idoso, "através da monitorização do seu consumo de energia, como também detetar quedas, dentro e fora da residência habitual", explica o IPCB, em comunicado.

Os familiares e cuidadores informais são depois "informados de qualquer situação anómala, através de alertas ou de mensagens para o telemóvel", acrescenta a mesma fonte. Com a designação “Zelar@CB - Zelar pelos idosos isolados em espaços rurais”, o projeto foi um dos 4 vencedores da 2ª fase do Prémio Santander UNI.COVID-19.

 

 

O prémio de 2000€ será utlizado no desenvolvimento e integração dos sistemas IoT e à realização de testes piloto com idosos residentes nas zonas rurais de baixa densidade populacional do distrito de Castelo Branco. De acordo com dados da Guarda Nacional Republicana, em novembro de 2019, foram assinalados 1876 idosos sozinhos ou isolados nesta região.

O IPCB destaca a relevância desta solução tecnológica face ao contexto do aparecimento da pandemia COVID-19, e a consequente necessidade de confinamento social que "trouxe dificuldades acrescidas aos idosos que vivem isolados em territórios de baixa densidade populacional", devido à diminuição na frequência das visitas de familiares ou de cuidadores informais.