A medida aprovada pelo Governo, no dia 13 de março, encerrou a maioria dos estabelecimentos de ensino aos alunos (de 16 de março até ao dia 13 de abril), suspendendo as atividades letivas e permitindo aos professores a realização de reuniões e atividades de docentes à distância, sempre que possível. De igual forma, ficam suspensas todas as atividades não letivas e de acompanhamento à família. 

Segundo revela a presidente do SIPE, Júlia Azevedo, "há agrupamentos que não estão a cumprir estas determinações, colocando em risco a saúde dos seus profissionais e a saúde pública, obrigando os docentes a apresentar-se presencialmente nas escolas". É nesse contexto que a dirigente sublinha a importância de cumprir as recomendações do Ministério da Educação, da Organização Mundial da Saúde, entre outras entidades.

 

Covid-19. Quase 700 escolas mantêm-se abertas para alunos

675 escolas listadas pela DGEstE são a exceção à decisão de encerrar todos os estabelecimentos de ensino. Objetivo passa por garantir as refeições de alunos carenciados e acolher os educandos do pessoal hospitalar e de emergência.


A Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), por exemplo, já aconselhou que "as atividades dos docentes e as reuniões sejam realizadas à distância, privilegiando o teletrabalho", e ainda que "sejam disponibilizados, nas escolas, espaços e equipamentos para que os professores, se assim entenderem, possam desenvolver o seu trabalho".


 
"[Os professores e professoras] reinventam-se para construir soluções que permitam que os alunos continuem, em casa, com as suas rotinas de aprendizagem, e de forma a que o país não pare".
Júlia Azevedo, presidente do SIPE


 
Nesse sentido, os professores estão já a mobilizar-se para continuar a trabalhar com os seus alunos através de plataformas digitais e do ensino à distância, garante a presidente do SIPE: "[Os professores e professoras] reinventam-se para construir soluções que permitam que os alunos continuem, em casa, com as suas rotinas de aprendizagem, e de forma a que o país não pare".

"Neste momento crítico temos responsabilidades acrescidas: continuarmos com o nosso desempenho profissional, mas protegendo-nos, a nós e aos nossos, mantendo o distanciamento social e privilegiando o teletrabalho e o isolamento", reforçou, destacando ainda a importância dos Agrupamentos de Escolas funcionarem "apenas com os serviços mínimos". "Para que o esforço milhares de pessoas não seja em vão", concluiu.