Os três jovens portugueses que representaram o país no CASTIC, competição organizada pela Associação Chinesa de Ciência e Tecnologia e pelo Ministério da Educação Chinês, alcançaram o segundo lugar, com o projeto "Larvas: Praga ou Solução". Além da medalha de prata na categoria dos projetos internacionais (International Students), os estudantes foram distinguidos com o Special Award pela Indonesian Young Scientist Association, ganhando assim acesso a um novo concurso promovido por esta instituição.

O projeto, desenvolvido por André Silva, Carolina Leite e Lara Pereira, alunos da Escola Secundária Júlio Dinis, de Ovar, sob a coordenação do professor Carlos Oliveira, testou a biodegradabilidade do plástico e também da esferovite usando larvas-da-farinha (tenebrio molitor) e larvas de traça-da-cera (galleria mellonella). Estas espécies – geralmente reconhecidas como pragas para cereais, para produtos armazenados ou para colmeias de abelhas – mostraram potencial para uma mais rápida degradação de poliestireno expandido e de vários tipos de plástico (sintético, reciclado e biodegradável). A Fundação da Juventude acrescentou em comunicado que esta hipótese pode "abrir novos caminhos para lidar com estes materiais de lenta decomposição e de grande concentração no meio ambiente".

 

 

 

 

Em declarações à agência Lusa, Carla Mouro, presidente da Fundação da Juventude, salientou a “cada vez mais impressionante qualidade” dos jovens cientistas nacionais e a importância que “apostar na ciência” tem para o país. "Esta distinção, entre outras que Portugal vai conseguindo, mostra que a aposta na Ciência tem resultados e não só resultados económicos”, completou.

A 37ª edição do CASTIC realizou-se na cidade de Wuhan. Organizado anualmente "recebe projetos científicos em várias áreas – das ciências sociais à astronomia, passando pelas ciências do ambiente –, reunindo mais de 500 alunos de toda a China e cerca de uma centena de participantes internacionais".