Desde o início do ano letivo, cerca de 500 alunos do Agrupamento de Escolas Abel Salazar, em Matosinhos, viram ser integrado, no seu horário curricular, um programa de educação socioemocional. O programa chama-se "Calmamente - Aprendendo a Aprender-se" e envolve a participação de estudantes de 19 turmas de quatro escolas, com idades compreendidas entre os 8 os 11 anos.

A iniciativa é dinamizada pela associação Mente de Principiante, com sede na Maia, que assume como objetivo "promover o bem-estar integral, sobretudo, em contexto escolar e comunitário". No mesmo sentido, o programa "Calmamente" tem como objetivo "promover a literacia emocional, bem como potenciar competências de comunicação, empatia e resolução de problemas", explica a associação.

 

 

Contribuir para o crescimento emocional equilibrado dos alunos é um dos grandes objetivos do programa, que é estruturado em "sessões compostas por diversas dinâmicas que favorecem a aquisição de competências como o autoconhecimento, a comunicação e a autorregulação emocional, entre outras", explica a Mente de Principiante, em comunicado. A articulação do projeto envolve também os professores titulares das turmas e as Associações de Pais das respetivas escolas. 

O programa implementado conta com o cofinanciamento da Fundação Calouste Gulbenkian, depois de ter sido selecionado para integrar o projeto Academias Gulbenkian do Conhecimento. A página da Fundação Calouste Gulbenkian detalha que este programa contempla "uma viagem com 10 Estações, ao longo de todo o ano letivo", em que as estações são "Partir, Partilhar, Ser, Sentir, Respirar, Cuidar, Agradecer, Sonhar, Acreditar e Chegar". Em cada uma das sessões é "acrescentada uma nova competência à bagagem de cada passageiro, contribuindo para o seu crescimento emocional equilibrado". 

 

 

Através da experiência adquirida em realidade escolar, explica Andreia Espain, deram a "clara indicação de uma iliteracia emocional generalizada e, consequentemente, da falta de ferramentas de autoconhecimento e autoregulação". "Esta é uma realidade que queremos mudar, levando os nossos programas a cada vez mais escolas e famílias”, reforça.

Para saber mais, clica aqui.