Tudo começou com a apresentação do Plano para a Implementação de uma Garantia Jovem, a 31 de dezembro de 2013. No ano seguinte, segundo os dados divulgados pelo Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, 218 mil jovens com menos de 30 anos foram integrados nesta medida.
Destes 218 mil jovens abrangidos, 34 mil foram colocados no mercado de trabalho, 60 mil em estágios profissionais, 63 mil em cursos profissionais, 60 mil em estágios profissionais e 38 mil em aprendizagem dual.
Segundo revelou o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, em abril do ano passado, 25% do total de jovens abrangidos pelo programa em 2014 foram colocados no mercado de trabalho.
De acordo com a Comissão Europeia, no desenhar desta iniciativa, foram definidos três objetivos: “aumentar as qualificações de jovens, ajudar na transição para o mercado de trabalho e diminuir o desemprego jovem”. No total, o programa envolveu, até julho de 2015, a alocação de mais de 160 milhões de euros.
Na avaliação “país a país” que a Comissão Europeia faz da Garantia Jovem, é destacada uma recomendação específica para Portugal: “melhorar a eficiência dos serviços públicos de emprego, particularmente ao aumentar a sua proximidade com os jovens não registados”.
Nesse âmbito, o departamento de Emprego, Questões Sociais e Inclusão recorda que o desemprego jovem, embora se mantenha elevado, “está numa tendência decrescente”. Este número, destaca o relatório, deve-se, nomeadamente, “à implementação da Garantia Jovem”.
Esta implementação, salienta a Comissão Europeia, está relacionada “com os esforços substanciais realizados”, envolvendo “todas os parceiros relevantes governamentais e não-governamentais”. Neste ponto, são destacadas as campanhas de sensibilização realizadas e a construção do site Garantia Jovem – online desde 28 de janeiro de 2014.
Por fim, sublinhando os “progressos significativos” na melhoria do sistema de educação, o relatório relembra que as taxas de abandono escolar e os resultados de aprendizagem continuam a ser motivo de preocupação.
Alguns dos casos de sucesso
Com o objetivo “de inspirar outros jovens”, a Garantia Jovem apresentou recentemente dois casos sucesso do programa: Sandrina Samagaio e André Pinto.
Aos 24 anos, Sandrina tinha concluído uma licenciatura em Engenharia do Ambiente quando se inscreveu no programa Garantia Jovem. O seu objetivo passava por "encontrar um estágio que lhe desse acesso ao mercado de trabalho e que lhe permitisse adquirir competências", informa a Comissão Europeia.
Segundo Sandrina Samagaio, a experiência adquirida durante o estágio “foi bastante enriquecedora”, no sentido em que proporcionou um contacto direto com várias áreas relacionadas com a sua formação.
Após o período de estágio de um ano, Sandrina tornou-se colaboradora efetiva e encontra-se, atualmente, ainda a trabalhar na mesma empresa que a acolheu, destaca a Comissão Europeia.
André Pinto, por sua vez, estava num emprego onde não se sentia realizado. Decidiu, por isso, procurar uma oportunidade na área que mais gosta e na qual tem formação: a área da Informática.
Após o seu registo no portal, o jovem de 25 anos foi contactado por uma empresa onde está a trabalhar há quase 2 anos. André Pinto assegura que "a experiência não podia ter sido mais positiva”, já que, ao fim de oito meses de estágio, acabou por ser contratado.
"Tal como o caso estes dois jovens, existem muitos mais casos de sucesso do programa", revela a Comissão Europeia. A Garantia Jovem destina-se a todos os jovens até aos 29 anos que não se encontrem a trabalhar, a estudar ou em formação e estágio.
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