Criada por Álex Pina para a estação de televisão espanhola Antena 3, onde estreou em maio do ano passado, La Casa de Papel funcionou como uma espécie de presente de Natal da Netflix, onde passou a estar disponível precisamente a 25 de dezembro. Mas entre os sonhos de abóbora e o azevinho, a ressaca da Passagem de Ano, e o desmontar do pinheiro, esta série de ação foi passando despercebida… até agora.

Hoje, é uma das mais vistas deste serviço de streaming, com o público sedento para ver só mais um episódio deste thriller policial. Estrategicamente, a Netflix fez render o culto, dividindo os nove episódios originais em 13 partes mais curtas. A 6 de abril, estreia por lá a segunda temporada de seis capítulos.

O enredo é simples. Um homem misterioso chamado "O Professor" recruta oito pessoas com determinadas habilidades e que em comum têm o facto de não terem nada a perder na vida. O objetivo é invadir a Casa Nacional da Moeda de Espanha (onde se imprime o “papel”), para protagonizarem o maior assalto da História e levarem consigo 2,4 mil milhões de euros.

A aventura implica onze dias de reclusão e controlar 67 reféns. Depois, há que não cair nas garras da Polícia de Elite. A produção mistura mistério, violência, drama, personagens carismáticas, reviravoltas estonteantes e alguns truques de câmara. Há também um toque português, com “Fado Boémio e Vadio”, cantado por Piedade Fernandes, na banda sonora de um dos episódios.

Do elenco, destaque para Úrsula Corberó, a Tokyo da história, que continuará, num futuro próximo, no registo “vigarista”. A atriz espanhola foi convidada para contracenar com Rupert Grint (o sardento Rony Weasley da saga Harry Potter), na segunda temporada da série Snatch – a adaptação do filme de culto de Guy Ritchie.