O distanciamento social e a ausência de interação regular com o exterior, lembra o Museu do Oriente, em comunicado, "não devem ser impeditivos de continuarmos a cultivar corpo e mente". Desta forma, o museu sugere três atividades que para "fortalecer a auto-estima, o humor e o bem-estar geral".


#1 Faz os teus próprios cosméticos



Aproveitar esta ocasião para sermos mais auto-suficientes na produção dos nossos próprios cosméticos é a sugestão da formadora de bio-cosmética com plantas de ayurveda no Museu do Oriente, Dulce Mourato. A autora do livro “Cosmética Natural” ensina a fazer uma máscara facial purificadora com argila verde, hidrolato de hortelã-pimenta, óleos essenciais e vitamina E.

Para tal, basta aplicar com um pincel, evitando a zona dos olhos e deixar actuar durante 10 minutos, explica a especialista. Para retirar, o ideal será lavar com água tépida. Após a acção abrasiva da máscara, Dulce Mourato recomenda fazer um arrefecimento à pele, seguindo-se a aplicação de um tónico à base de ácido hialurónico, e creme hidratante.

 

#2 Faz (outra) máscara caseira

Numa sugestão para toda a família, o Museu do Oriente fornece instruições para "construir uma máscara a partir de uma caixa de cereais". Inspirando-se numa peça do Museu, a Chandrabhaga, usada nas representações do Chhau, teatro dançado com máscaras de Seraikala, na Índia, o desafio consiste na utilização da criatividade para fazer a máscara e representar.


A base para a construção da máscara é uma caixa de cereais vazia. Para a decoração podem ser usados desde restos de tecidos, lãs, fitas, papéis de todo o tipo e textura. É possível utilizar embalagens vazias, jornais já lidos, sacos e panfletos publicitários destinados à reciclagem. Botões, purpurinas, tintas e marcadores são outras opções. Por fim, serão necessárias cola e tesoura, lápis e borracha.

O Museu do Oriente vai criar uma galeria de imagens de trabalhos do público. Se quiseres partilhar o teu, só necessitas de marcar a publicação com @museudooriente ou enviar por mensagem privada para o Museu do Oriente.

 

#3 Faz uma leitura longíqua

O terceiro e último desafio do Museu do Oriente é uma sugestão de leitura que nos transporta para paisagens e culturas longínquas, no outro lado do mundo, pelas palavras de um apaixonado pela Ásia: Camilo Pessanha.

Considerado o expoente máximo do simbolismo em Portugal e autor de Clepsidra, Camilo Pessanha viveu em Macau para leccionar Filosofia e exercer advocacia. Durante a sua estadia na Ásia, onde haveria de morrer em 1926, Pessanha empreendeu em estudos aprofundados sobre literatura e estética chinesas, aprendeu a língua, fez traduções e proferiu conferências.

 

Camilo Pessanha 4


O Museu do Oriente convida-te a conhecer melhor a obra deste autor, na sua vertente de sinólogo. No site da Biblioteca Nacional de Portugal, pode ser consultada a cronologia detalhada da sua vida e obra, bem como manuscritos das suas traduções de lendas chinesas: http://purl.pt/14369/1/.