O alemão Roland Schimmelpfennig (n. 1967) é um explorador dos universos mais sombrios das nossas identidades contemporâneas. Antigo jornalista, assistente de encenação na Kammerspiele de Munique, passou pela Schaubühne e está hoje ligado à Deutsches Schauspielhaus, em Hamburgo. Autor de uma obra várias vezes premiada e caracterizada por uma interessante amplitude de possibilidades, que vão do mais puro simbolismo ao mais duro naturalismo. Alguém disse sobre a sua escrita que esta não teme a inverosimilhança: o autor escreve como se o absurdo fosse a normalidade, o que parece não estar longe da realidade.
Era uma vez uma jovem apaixonada por um jovem, apesar de terem de se separar para sempre. Era uma vez um homem e uma mulher na véspera de uma grande partida que não sabem se é um renascimento ou um voo. Era uma vez o fantasma de um amor passado que volta e reivindica o que lhe é devido. A encenação de Toni Cafiero (n. 1968) pretendeu «alargar os pontos de vista (o foco), baralhar os códigos de percepção, a fim de acordar a atenção do espectador, o seu espanto, e levá-lo para a imensidão do seu espaço interior.» Uma ideia que a música, «mais do que qualquer outra arte, nos pode fazer sentir de um modo físico e íntimo».
André Laires, Carlos Feio, Eduarda Filipa, Solange Sá e Sílvia Brito são os intérpretes deste espetáculo para maiores de 14 anos que estará em cena na Sala Experimental do Teatro Municipal Joaquim Benite