Depois de Lana Del Rey, Cat Power, Charlotte Gainsbourg e Christine and The Queens, há mais talento feminino a caminho: uma das maiores estrelas da atualidade, a norte-americana Janelle Monáe, atua dia 20 de julho no Palco Super Bock, naquele que será o último de 3 dias de música na Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco, em Sesimbra. 

Janelle Monáe Robinson nasceu e cresceu em Kansas City, mas depressa sentiu a necessidade de ir em busca do seu sonho, rumo a Nova Iorque. Entrou na American Musical and Dramatic Academy e na altura tinha como objetivo vir a fazer musicais. A vida acabou por oferecer outras possibilidades a Janelle e, pouco tempo depois, começou a participar em várias faixas do grupo Outkast, a convite de Big Boi. A jovem começou a dar nas vistas graças ao seu enorme talento, revelando-se uma artista multifacetada e muito focada em cada trabalho.

Em 2007 editou o primeiro EP, “Metropolis: Suite I (The Chase)”. Estas primeiras canções chamaram a atenção do famoso produtor Diddy (Sean “Puffy” Combs), que logo contratou Janelle para a sua editora, a Bad BoY Records. Neste momento também chegou a primeira nomeação para um Grammy, com o single “Many Moons”. Três anos depois, Monáe lançou o álbum de estreia. “The ArchAndroid” foi inspirado no filme alemão “Metropolis”, que retrata um mundo futurista, uma projeção distópica da Humanidade. Todo o conceito deste registo de estreia levantou questões éticas e fez com que as canções saíssem ainda mais enriquecidas, peças pop, carregadas de soul e funk. 

Em 2013, chegou mais um disco que veio cumprir estes requisitos. “The Electric Lady” mantém algumas das reflexões suscitadas pelo primeiro disco e conta com as participações luxuosas de Miguel, Solange, Prince e Erykah Badu. Depois de cinco anos de espera, 2018 trouxe um novo trabalho de Janelle Monáe. “Dirty Computer” abandonou as projeções futuristas e concentrou-se na própria artista, mais exposta do que nunca. Desde as letras, passando pelas colaborações com nomes como Pharrell Williams, Brian Wilson ou Zoë Kravitz, e até aos vídeos que acompanham as canções, tudo é pensado ao pormenor. “PYNK”, com a participação de Grimes, “Make Me Feel” ou "Django Jane" são alguns dos destaques deste álbum e alguns dos temas a ouvir por cá ao vivo no próximo verão.