As experiência de várias equipas dos Gabinetes de Comunicação e Imagem com tecnologias de Inteligência Artificial esteve em destaque na manhã do segundo dia do G-icom. A sessão começou com uma apresentação do Politécnico de Viana do Castelo, durante a qual Susana Caravana partilhou os casos de uso do IPVC na sua comunicação. 

Depois, Diana Espírito Santo (Atlântica - Instituto Universitário), Cláudia Timóteo (FCSH) e Júlia Costa (Universidade do Minho) partilharam as suas respetivas experiências com tecnologias de Inteligência Artificial, refletindo sobre alguns cuidados a ter, a necessidade de formação e a alteração à linguagem utilizada nas redes sociais. 

 


“O Protocolo não é um papão”

Os trabalhos continuaram focando o tema do “Protocolo e da imagem institucional”. Cristina Fernandes trouxe a palco uma apresentação ligada ao tema “Tradição com impacto estratégico”. “O protocolo tem um papel central na comunicação estratégica de uma instituição de ensino superior”, destacou a oradora, acrescentando que “numa era em que a competitividade no ensino superior está ao rubro, este tema ganha relevância”.

 


«Numa era em que a competitividade no ensino superior está ao rubro, o protocolo tem um papel central na comunicação estratégica»
Cristina Fernandes

 

Realçando como esta área é, algumas vezes, desvalorizada, Cristina Fernandes partilhou algumas reflexões e conceitos sobre simbologia e cerimonial universitário que “dão continuidade a tradições imemoriais”. “O Protocolo não é um bicho de sete cabeças, não é um papão”, destacou, uma vez que “ele existe para vos facilitar a vida” – “enquanto existir poder, existirá protocolo, é a moldura que enquadra os eventos”.

 

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No caso específico do Ensino Superior, o Protocolo serve para aumentar a organização e eficiência, manter tradição e cultura, mas também para estimular a diversidade. Os desafios, acrescentou a oradora, no caso do Ensino Superior, estão relacionados com diversidade de âmbitos e características das instituições, a complexa gestão de precedências, a ausência total ou parcial de regulamentação interna e a tendência natural da sociedade para a informalidade.

"Devemos pensar no protocolo como técnica de organização”, de forma a facilitar a reposta a estes desafios, concluiu Cristina Fernandes: “O protocolo existe nas vossas instituições, quer queiram quer não queiram – a ciência e o conhecimento não são incompatíveis com ele”.

O G-icom continua durante o dia de hoje, focando temos como media tradicionais e comunicação de ciência.