Os sistemas educativos mundiais deverão preparar-se, a curto e longo prazo, para o contexto resultante da pandemia do novo coronavírus. Esta é a premissa do relatório da OCDE Edição Especial Coronavírus: Regresso às Aulas, publicado a 23 de maio. O relatório é o primeiro de uma série sobre tendências educativas cujo "público-alvo é alargado, incluíndo decisores políticos, diretores de escolas, professores, investigadores, estudantes e encarregados de educação".

Tendo em conta o objetivo de garantir "sistemas [educativos] estatégicos e inteligentes que se adaptem aos desafios dinâmicos" resultantes da pandemia de Covid-19, a OCDE define, no documento, algumas das estratégias para dois períodos temporais: o regresso às aulas presenciais, no imediato, bem como os próximos 12 a 24 meses.

 

 

A curto-prazo, neste momento de regresso às aulas, a OCDE define como prioridades a garantia de segurança (através da constante desinfeção e ventilação), a avaliação do progresso dos alunos (com ajuste às necessidades da comunidade), a mitigação do impacto do eventual atraso na aprendizagem (com especial foco no abandono escolar) e a garantia do bem-estar de professores e alunos (acompanhamento psicológico, emocional, nutricional).

De acordo com a OCDE, alterações sistémicas criadas pela pandemia serão "novo normal", pelo menos "durante os próximos 18 meses". Durante os próximos 12 a 24 meses, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico sublinha a improtância de considerar algumas "questões-chave": aproveitar a inovação (ferramentas digitais e outras soluções educativas), reimaginar o sistema (em termos de avaliação, método ensino-aprendizagem ou certificação, por exemplo) e recordar o "poder do mundo físico" (nomeadamente equilibrando os momentos a distância com atividades que envolvam contacto social).

 

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A OCDE destaca ainda a importância de apoiar os mais vulneráveis (reforçando o poder da Educação enquanto ferramenta para a construção de igualdade), reforçar a resiliência do sistema (melhorando a capacidade de resposta e adaptação) e de preparar recursos (organizando uma resposta à recessão económica).

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