Além de garantires um futuro mais confortável com uma boa poupança, passas a ter mais liquidez para investir em projetos, sonhos e estar mais prevenido para qualquer despesa inesperada ou futura.

Uma forma eficaz de poupar regularmente é colocar o dinheiro numa conta poupança. Esta conta está separada da conta à ordem e funciona como um “mealheiro digital”. Dica: definir uma transferência com um valor fixo a amealhar mensalmente. Assim, o dinheiro sairá automaticamente para a conta poupança — poupança automática.

 


Quanto Devo Poupar Por Mês?

Para juntar dinheiro, deves seguir algumas regras de gestão financeira. Uma das estratégias mais conhecidas é reservar pelo menos 10% do rendimento mensal numa
conta poupança.

Este valor serve essencialmente para que tenhas liquidez suficiente para concretizar objetivos a curto, médio ou longo prazo. Vejamos um exemplo prático de como se aplica esta técnica:

 


Um jovem com 23 anos recebe um salário líquido de 1.000 euros mensais. Qual será a
poupança expectável ao fim de uma década?

Para 10% do rendimento:
Poupança mensal: 100 euros
Poupança anual: 1.200 euros
Poupança ao fim de 10 anos: 10.200 euros


 

100 euros/mês é uma boa poupança, mas se tiveres oportunidade de poupar mais, não hesites. Quanto maior o valor da poupança mais rápido será de alcançar grandes objetivos, como, comprar uma casa ou um carro, fazer uma grande viagem ou mudares-te para o estrangeiro, por exemplo.

Supondo que um jovem no início da sua carreira tem menos despesas, imaginemos que consegue poupar 30% do rendimento mensal. Qual será o seu “pé de meia” ao fim de 10 anos?

 


Um jovem com 23 anos recebe um salário líquido de 1.000 euros mensais. Qual será a
poupança expectável ao fim de uma década?

Para 30% do rendimento:

Poupança mensal: 300 euros
Poupança anual: 3.600 euros
Poupança ao fim de 10 anos: 36.000 euros


 

Com esta poupança e ao fim de uma década, o jovem já terá maior disponibilidade financeira para dar entrada para a compra de uma casa, abrir o seu próprio negócio ou estar precavido de qualquer eventualidade.

Mas será que faz sentido termos este todo dinheiro parado enquanto não conseguimos atingir determinados objetivos? Ou devemos optar por investir parte do dinheiro? Investir dinheiro em produtos financeiros pode ser uma opção, mas deves analisar bem se é o caminho certo para ti.

 

Educação Financeira: O Bê-à-Bá das taxas de juro de um Crédito


Durante os próximos meses, a Forum Estudante e o Portal do Crédito vão ajudar-te a esclarecer todas as dúvidas sobre Educação Financeira. Começamos por te explicar tudo sobre as taxas de juro de um crédito. 


 

 

Investir pode ser uma excelente forma de aumentar a poupança e rentabilizar o dinheiro, porém, existe sempre um nível de risco (mais ou menos elevado) associado aos investimentos financeiros.

 

Algumas das formas de investimento mais conhecidas e com menor risco:
Plano Poupança Reforma (PPR): produto financeiro que visa rentabilizar dinheiro a
longo prazo;
 Depósitos a Prazo: produto financeiro supervisionado pelo Banco de Portugal onde
uma pessoa coloca o dinheiro a render durante um a cinco anos. Após este período,
o banco tem de pagar uma taxa de juro sobre o montante investido — atualmente a
melhor taxa é de 2,75% ano;
Certificados de Aforro: é um investimento com risco nulo onde uma pessoa coloca
determinada quantia (entre 100 a 250.000 euros) em nome do Estado Português.
Atualmente, rende uma taxa de juro máxima de 3,5% ano;
Comprar Ações: ao investir em ações passamos a lucrar com a valorização das
mesmas, contudo, se a oscilação for negativa podemos perder muito dinheiro.

 

Que Outras Técnicas de Poupança Existem e Como as Podemos Aplicar?

Existem outras estratégias e formas de poupança igualmente eficazes que podem ser aplicadas ao longo da nossa vida.

 

Regra dos 50-30-20

À medida que as responsabilidades financeiras vão aumentando, acabamos por necessitar de ter uma gestão financeira mais rigorosa das nossas contas. Neste sentido podes optar por utilizar, por exemplo, a regra dos 50-30-20. Segundo esta regra, o rendimento mensal deve ser distribuído por três categorias distintas:

- 50% para encargos mensais e pagamento de despesas de 1.ª necessidade, como, por exemplo, o pagamento de faturas (água, luz, gás, internet), seguros, prestação da casa, despesas com o carro, entre outros;
- 30% para o pagamento de outras despesas que não são essenciais, mas que tornam a nossa vida mais agradável, como uma ida ao cinema, roupa nova ou férias;
- 20% para poupar/investir dinheiro em ações, planos poupança reforma, depósitos a prazo e certificados de aforro.


Fundo de Emergência

Um fundo de emergência é algo que todos devemos ter para nos precavermos em caso de despesas inesperadas. É destinado a situações não programadas que podem afetar a estabilidade económica de uma pessoa — desemprego, acidentes, entre outros.

Numa situação ideal permite que tenhas liquidez suficiente para assegurar, pelo menos, o pagamento de todas as despesas durante seis meses. Por isso, é aconselhável que um fundo de emergência seja seis vezes superior ao valor total dos encargos mensais.

 

 

Em suma, uma gestão financeira equilibrada depende da criação de hábitos e aplicação de estratégias de forma consistente ao longo da vida. Idealmente deves começar o mais cedo possível. Assim, irás alcançar os teus objetivos dentro do tempo que pretendes e estás a contribuir para um futuro mais estável. Boa sorte!

Sabe mais sobre Educação Financeira através dos outros artigos da parceria da Forum Estudante com o Portal do Crédito. Sabe tudo aqui