Foi no âmbito do projeto final de licenciatura em Engenharia Informática que surgiu a oportunidade de desenvolver uma aplicação dedicada à sensibilização dos perigos da condução sob o efeito do álcool. Bruno Costa conta que tudo começou depois do desafio deixado pela Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE) aos estudantes do IADE - Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação da Universidade Europeia.
“A ANEBE sugeriu que os estudantes trabalhassem o conceito de uma aplicação que pudesse ser uma ferramenta utilizada pelos jovens”, nomeadamente quanto saem à noite, explica o estudante. O resultado foi a aplicação “Beba com Cabeça” – uma ferramenta que, cruzando os dados do utilizador (peso e género) com uma lista de bebidas predefinida, cria um espectro gráfico que comunica o valor máximo de teor de álcool que poderá estar presente no sangue do utilizador.
Bruno Costa é estudante da licenciatura em Engenharia Informática, no IADE
Por essa razão, a aplicação dirige-se exclusivamente a pessoas com idade legal para a ingestão de bebidas alcoólicas, estimando o grau de álcool no sangue de acordo com as bebidas ingeridas.
É por essa razão que é comunicado o valor máximo potencial, explica Bruno Costa: “pela necessidade de dar o alerta”. “O objetivo não é substituir os testes de álcool, nem dar uma medição totalmente precisa, mas sim alertar para o eventual teor de álcool no sangue”, sublinha.
“O objetivo [da aplicação] não é substituir os testes de álcool, mas sim
alertar para o eventual teor de álcool no sangue”
Bruno Costa, estudante do IADE
Por essa razão, outra das informações disponibilizadas e que o estudante considera “muito importante” diz respeito ao tempo médio necessário para a eliminação do álcool do organismo. As calorias ingeridas e a Unidade de Bebida Padrão (limite de consumo de álcool recomendado por dia) são outros dos dados disponibilizados.
A aplicação “Beba com Cabeça” está disponível no Google Play (link QR Code) e no site bebacomcabeca.pt. O lançamento oficial decorre, no Talkfest, em Lisboa, no dia 13 de Março.
Para o estudante, desenvolver esta aplicação foi uma forma de “ganhar muitos conhecimentos técnicos de linguagem Java-Android”, mas também de “ficar a saber muito sobre o funcionamento do nosso organismo e os efeitos do álcool no mesmo”. “É uma informação que poderá não ser conhecida por muita gente. Mas quem a conhece, só tem a ganhar”, conclui.