Junto à entrada do Agrupamento de Escolas Amato Lusitano, no centro de Castelo Branco, há cinco carros que possibilitam uma viagem no tempo. Mais especificamente, uma viagem de 68 anos até ao presente. Junto a um Chervolet, de 1961, encontramos um Fiat 850 (1969) e um Ford Escort (1980). Mais ao fundo, dois carros adaptados para o ensino da condução dirigem a viagem até aos dias de hoje.



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A frota é parte integrante de uma ação dinamizada pelo Clube de Automóveis Antigos de Castelo Branco (CAACB) no AE Amato Lusitano, durante a manhã de hoje. De acordo com o membro da direção do CAACB, Pascoal Esteves, o objetivo passou por "diferenciar os elementos de segurança ativa e passiva, dos veículos antigos aos atuais".

Através do acompanhamento da evolução dos sistemas de segurança, acrescenta o dirigente, torna-se possível compreender a importância dos mesmos, levando à sua valorização e utilizaçáo correta. "Os mecanismos de segurança não importam, no caso de o condutor ou passageiro não os souber utilizar", reforçou, dirigindo-se aos estudantes.

Na sua atividade, revela Pascoal Esteves, o CAACB tem registado um "interesse crescente dos jovens por veículos antigos", pelo que está será "uma estratégia de comunicação eficaz" junto deste segmento.

 

Capital Jovem da Segurança Rodoviária
O membro da Direção do CAACB, Pascoal Esteves, explicou a evolução dos sistemas de segurança automóvel aos estudantes.

 

Durante a manhã, cerca de 50 estudantes conheceram, desta forma, a evolução da segurança automóvel, nos seus diferentes componentes: da carroçaria (que atualmente absorve o impacto do embate) à eletrónica (com a inclusão de sensores que ajudam à segurança), passando pelos sistemas de travagem (introdução dos discos e do ABS) ou pela evolução do cinto de segurança.

Para um dos estudantes que participou, Brandon Silva, de 18 anos, esta ação foi uma "boa oportunidade". "É boa forma de comunicar com pessoas da minha idade e um pouco mais jovens, destacando a importância da segurança", explicou. Brandon ficou especialmente impressionado com os carros sem retrovisor e explica o porquê: "Hoje em dia, a inclusão de elementos de segurança parece óbvia. É interessante ver a sua evolução".

 


 

"Hoje em dia, a inclusão de elementos de segurança [nos veículos] parece óbvia. É interessante ver a sua evolução".
Brandon Silva, estudante.

 


 

 

A ação foi realizada em parceria com o grupo de escolas de condução AGC, que detém três escolas na cidade. Presente na iniciativa, a gerente deste grupo, Lídia Almeida, detalhou as diferenças entre mecanismos de segurança ativa (que garantem a segurança) e passiva (que respondem em caso de acidente), realçando a importância de adotar comportamentos responsáveis ao volante. "O bom condutor não é o que acelera", destacou, concluindo: "É aquele que pratica uma condução defensiva".

 

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Segurança Superior

Para o início da tarde, estava reservada a segunda edição dos "Jogos sem Fronteiras", na Escola Superior de Educação do IPCB (ESECB). A iniciativa é dinamizada pela Associação Amato Lusitano, em parceria com a ESECB, e envolve a participação de 100 crianças de várias escolas da cidade. O desafio colocado é multidisciplinar: o objetivo é responder a perguntas e dinâmicas de várias áreas, com a passagem por espaços dedicados a disciplinas como Matemática, Cidadania, Desporto, Ciências ou Comunicação.

Nas áreas dedicadas à Cidadania e Desporto, os estudantes foram desafiados a realizar dinâmicas sobre Prevenção e Segurança Rodoviária, reforçando os comportamentos corretos a adotar, enquanto utilizador vulnerável da via pública, para a manutenção de uma Estrada segura. Conforme explica a representante da Associação Amato Lusitano, Daniela Esteves, "cada vez mais, é importante sensibilizar os jovens para a importância de se manterem em segurança, garantindo a segurança dos outros".

 

 

Capital Jovem da Segurança Rodoviária

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Os "Jogos sem Fronteiras" inserem-se no projeto "Nós com os Outros - Escolhas 7.ª Geração", promovido pela Associação Amato Lusitano, uma iniciativa de integração de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. O projeto procura potenciar, através de uma abordagem lúdica, "uma outra relação com a Escola", combatendo o absentismo, o abandono e o insucesso escolar. "O objetivo é reforçar a ligação com a Escola, para que a vejam com outra perspetiva", reforçou.

Por outro lado, ao envolver crianças e jovens de várias idades, religiões e etnias, procura-se garantir uma "estratégia de integração que envolva criação de laços comunitários entre participantes", concluiu Daniela Esteves.

 

 

Capital Jovem da Segurança Rodoviária

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