A iniciativa, que decorreu no âmbito da campanha "Mariscar sem Lixo", dinamizada pela cooperativa Ocean Alive, à qual o IPS e a sua Associação Académica (AAIPS) se associaram, integrou o programa de acolhimento aos novos estudantes que está a decorrer até ao fim da semana, dando origem a uma praxe diferente, que deixará marcas positivas no património natural de Setúbal.

Com a ajuda dos "caloiros" do IPS, foi ainda possível retirar da Mitrena, zona de uso industrial, piscatório e recreativo, 1 379 embalagens plásticas de sal fino, usadas pelos mariscadores para a apanha do lingueirão. Com este resultado, são já 53 500 as embalagens de sal recuperadas do estuário do Sado, através das várias ações de voluntariado mensais organizadas pela Ocean Alive.

Segundo Raquel Gaspar, bióloga marinha e cofundadora da Ocean Alive, esta ação tem como "impacto imediato impedir que duas toneladas de lixo, que se encontravam à beira da água, fossem contaminar as pradarias marinhas, o habitat berçário do nosso estuário".

"Os resultados alcançados, que superaram as nossas expetativas, demonstram o envolvimento, o esforço e a responsabilidade dos estudantes do IPS. É uma experiência a repetir", considerou Carlos Mata, pró-presidente do IPS. O responsável sublinhou ainda a importância desta iniciativa, "inserida na estratégia de responsabilidade social do IPS, como forma de sensibilizar a comunidade académica para a vertente ambiental e de contribuir para uma melhoria das praias do estuário do Sado".

A iniciativa contou com os apoios dos Transportes Luísa Todi, Aki, Auchan, Reserva Natural do Estuário do Sado, Câmara Municipal de Setúbal e Junta de Freguesia do Sado.