A Caravana pela Justiça Climática parte de mais de 30 organizações sociais, ambientais, culturais e de desenvolvimento local à escala nacional, regional e local, e irá percorrer 400km entre 2 e 16 de abril para falar diretamente com as populações e comunidades de várias partes do país afetadas pela crise climática, assinalando e denunciando ao mesmo tempo alguns dos maiores emissores nacionais de gases com efeito de estufa e poluição.

O percurso atravessará algumas das mais evidentes expressões da crise climática em Portugal, as duas grandes faces da desertificação: as zonas devastadas pelo fogo nas últimas décadas, consumidas pelo abandono e pela eucaliptização que entregou o interior à indústria do papel, e as zonas ribeirinhas ao longo do Tejo, afetadas pela seca, pela poluição industrial, pelo bloqueio do rio com obstáculos e pelo plano de intensificação da agricultura intensiva com mais barragens e projetos mirabolantes. 

A Caravana pretende denunciar “alguns dos culpados desta crise em Portugal: grandes infraestruturas emissoras como as centrais de celulose da Navigator e da Altri, as cimenteiras da CIMPOR ou a central a gás da TrustEnergy”, referem em comunicado.


Centenas de pessoas de todas as idades e de todo o país caminharão para ir ao encontro das populações e mobilizar para a ação pela justiça climática, “para construir as pontes, as alianças e a energia necessária para a enorme tarefa que é travar os piores cenários das alterações climáticas”, declara a organização do evento. 

Esta Caravana é um “momento histórico para a luta pela justiça climática em Portugal, aproximando o movimento das linhas da frente da crise climática, no interior e no mundo rural”, afirma o comunicado. Acrescenta ainda que “é uma oportunidade sem paralelo para conhecer a realidade da crise climática e ambiental em Portugal, os seus protagonistas e aqueles que arcam com as consequências da mesma”.

No dia 16 de abril, a caravana culminará em Lisboa com uma grande manifestação na Parque das Nações.

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